quinta-feira, 25 de julho de 2013

25 Julho dia do escritor

Um sorriso simplório diante a multidão. Uma mente capaz de criar um universo de amor, sentimentos de carinho e saudades. Outras mentes capazes de criar o mal, capaz de criar ódio e repulsa. 

Um criador. Não um Deus, mas um criador de monstros, desejos, instintos, universos, personagens e situações. Uma pessoa simples, como todas as outras que após se sentar e vislumbrar a imensidão das letras é capaz de transmuta-se de criatura a criador. 


Um pai que ama seus filhos de forma irracional. Um construtor que tem o poder de criar e destruir a sua vontade. Uma pessoa como todas as outras, nem pior nem melhor que ninguém, um ser que se chama ESCRITOR!


Minha homenagem a nós escritores!




quarta-feira, 24 de julho de 2013

Acústico Mary Jane MC Ne-Green Part Beto

Em uma quinta feira, dia de folga. Como de costume fui encontrar meu parceiro Jorge Maicon ou MC Ne-Green para debater assuntos interessantes e coisas do dia a dia... DUNADA eu encontro meu parceiro com outros parceiros aqui da favela e um deles tava segurando um violão e mandando um som na hora.

Ficamos conversando, brisando quando de repente veio a ideia de fazer um vídeo, uma brincadeira que por sua vez acabou tendo um bom resultado.

Satisfação ao meu parceiro Ne-Green, Beto som e ar, Juninho e bodão!
E SATISFAÇÃO À MINHA FAVELA! MEU MORRO!
Olha só o aquecimento do Sarau da Biblioteca do Gueto!


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Assunto Insano - Tráfico de Humano


Tráfico de Humanos


O tráfico humano, também chamado de tráfico de pessoas, é uma das atividades ilegais que mais se expandiu no século XXI, pois, na busca por melhores condições de vida, muitas pessoas são ludibriadas por criminosos que oferecem empregos com alta remuneração. Esses “agentes” atuam em escala regional, nacional e internacional, privando a liberdade de indivíduos que sonham um futuro melhor. 

De acordo com o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças, o tráfico humano é caracterizado como: “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.” 

Portanto, o tráfico de pessoas consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar, privar vidas, ou seja, é uma forma de violação dos direitos humanos. Normalmente, as vítimas são obrigadas a realizar trabalhos forçados sem qualquer tipo de remuneração – prostituição, serviços braçais, domésticos, em pequenas fábricas, entre outros –, além de algumas delas terem órgãos removidos e comercializados. 

As vítimas já chegam endividadas ao destino de “trabalho”, pois elas têm que pagar aos traficantes valores elevadíssimos referentes à viagem, hospedagem, documentação, alimentação, roupas, etc. O problema é que essa dívida, através da cobrança de juros altos, toma proporções de forma que nunca poderá ser paga. Sendo assim, os criminosos passam a ameaçar e torturar os “devedores”. 

As mulheres são o principal alvo, pois o retorno financeiro para os traficantes é maior, visto que a prostituição, atividade mais desenvolvida por pessoas do sexo feminino, é o destino de 79% das vítimas do tráfico humano. O trabalho forçado, exercido por homens, mulheres e crianças, representa 18%. Essa atividade movimenta cerca de 32 bilhões de dólares por ano, privando a vida de mais de 2,5 milhões de pessoas.


Arrisco a dizer que o sucesso desses traficantes acontece graças a ignorância da população. É um assunto pouco divulgado e quando visto ignorado por ser um assunto hediondo. Outros até não acreditam nisso, achando que não passam de historias de ficção.. Mas não é..É real e está acontecendo nesse exato momento.

Vou deixar o link de um filme que retrata muito bem essa historia e uma musica de rap.





Tráfico de Humano Filme


Zamba Mc - Tráfico de humano

terça-feira, 16 de julho de 2013

Simbologia = Tetragrammaton

Tetragrammaton


O Tetragrama
Para que compreendamos o que significa o Tetragrammaton é necessário, antes de tudo, definir acrônimo. A palavra acrônimo tem origem no grego (akron = extremidade + onymo = nome) e significa o conjunto de letras, pronunciado como uma palavra, formado a partir das letras iniciais (ou de sílabas) de palavras sucessivas que constituem uma denominação. Por exemplo, a sigla NASA (National Aeronautics and Space Administration) é um acrônimo.
Dessa forma, a palavra Tetragrama tem origem no grego (tetra = quatro + gramma = letra) e significa a expressão escrita, constituída de quatro letras ou sinais gráficos, destinada a representar uma palavra, acrônimo, abreviatura, sigla ou a pauta musical de quatro linhas do canto-chão.
Acredita-se que o Tetragrama hebraico designa o nome pessoal do "Deus de Israel", como foi originalmente escrito e encontrado na Torah, o primeiro livro do Pentateuco. Este tetragrama varia como YHWH, JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras, especialmente no Antigo Testamento escrito em sua maioria em hebraico com partes em aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil vezes (de forma isolada ou em conjunção com outro nome divino).



O impronunciável nome de Deus 
A tradição esotérica dos judeus, a cabala, considera o nome de Deus sagrado e impronunciável. Possivelmente, a origem deste conceito está no terceiro Mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". (Êxodo - Capítulo XX - Versículo VII). Assim, um grupo de sábios judeus, conhecidos como Massoretas, incorporou "acentos" que funcionavam como vogais e viabilizavam a pronúncia do tetragrama, resultando na palavra Adonai (Senhor), que passou a ser utilizada para pronunciá-lo. Os nomes Jeová, Iehovah, Javé, Iavé, ou ainda Yahweh, são adaptações para a língua portuguesa da palavra Adonai, e não do tetragrama original.
Porém, há ainda uma crença entre os judeus do início do período cristão, que a própria palavra Torah seria
parte do nome divino. Há outra relação interessante encontrada nos nomes originais de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectivamente. Uma combinação entre estes dois nomes resulta numa das variações do tetragrama, YHWH, fato que sugere uma relação entre Criador e criatura. Com o decorrer do tempo, foram adotados outros termos para se referir ao Tetragrama: "O Nome", "O Bendito" ou "O Céu".
O místico cristão, Jacob Boehme, utilizando-se de uma cabala gráfica (conhecida como Árvore da Vida), encontrou os 72 Nomes de Deus (publicado em 1652, no livro Oedipus Aegypticus). Sendo que todos são formados por apenas quatro letras, o que caracteriza mais uma vez o tetragrama. Seguindo este raciocínio, encontramos também Tupã (divindade dos índios brasileiros), Yang (em chinês, possui vários significados, entre eles, Deus do bem), Bara (o equivalente à Deus na seita islâmica Beahismo) e Xiva (divindade Hindu).





Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto
Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas geométricas, entre outras representações.
No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos, capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vita Bellum : 02: A descoberta

02: A descoberta

Depois daquele dia, por mais que Artur dissesse a si mesmo que não, algo tinha mudado. Coincidência  ou não, ele tinha tido um estranho sonho com um cavaleiro e com uma coruja e na mesma manhã tinha tido um encontro peculiar com um monumento vinculado com a Ordem Maçônica.  Para as outras crianças de sua idade, tudo não passava de besteiras, assunto inútil. A maioria preferia gastar seus tempos jogando vídeo games e assistindo desenhos e filmes ao invés de se ficar pensando em assuntos desse gênero. Contudo sentia que algo o levava até aquelas coisas. Sabia pouco, mas sabia que a FrancoMaçonaria era cingida de Misticismo e símbolos. E aquilo o deixava hipnotizado.

Fausto percebeu o olhar frustrado de Artur e disse para o garoto não se sentir tão confuso e com medo. Tudo vai se explicar com o tempo.
­Disse o padrinho do garoto deixando-o ainda mais confuso.
Por que ele dissera aquelas palavras naquele momento? Artur nem dissera seu pesadelo para ele ou para a sua mãe.
Porém antes mesmo de Artur argumentar algo Fausto empurrou o garoto para frente, obrigando-o andar e a continuarem o passeio pela orla da praia.

Andaram calmamente, conversando e sempre que Artur puxava assunto sobre a Maçonaria seu padrinho mudava de assunto. Caminharam ao lado do maior jardim frontal de praia em extensão do mundo.

 A orla marítima se estende por sete bairros da cidade: Aparecida, Boqueirão, Embaré, Gonzaga, José Menino,Pompeia e Ponta da Praia, e é uma grande fonte de recursos biológicos e espécies de flores e pássaros. A preservação e o cuidado com a flora do ambiente praiano santista, permeado de palmeiras e amendoeiras, são resultados de um trabalho em conjunto dos departamentos de meio-ambiente da região muitas vezes ligados à universidades ou as instituições biológicas.  No final daquela tarde, Fausto convidou Artur para uma festa que teria em sua casa no próximo spabado. O garoto aceitou claro. Iria conhecer pessoas novas e teria muitas coisas gostosas para comer, fora a piscina enquanto pegava sol.  Mas ele nem imaginava oque tipo de pessoas estariam naquele lugar.

A semana do adolescente andou conforme o cotidiano. Escola e muita loucura com seu amigo Marlon. Todos os dias após as escolas saiam e encontravam os outros colegas nas ruas do morro e organizavam suas brincadeiras. Esconde esconde salva o mundo. Pico na bola e outras formas de diversão. Mas em momento algum conversou sobre o assunto com seu amigo. Tinha seus próprios devaneios, umas ideias que acreditava que seu amigo iria chama-lo de louco, então preferiu guardar para si esses assuntos.

A semana passou voando e o dia da festa que Artur tanto esperava chegou.

- Como o garoto prodígio da família está? – Perguntou Fausto parado ao lado do seu carro do ano. Um Fiat Uno preto.

- Daquele jeito padrinho...- Respondeu o garoto e depois hesitou, lembrando-se que fausto era um homem culto e não usava gírias. – Bem padrinho, muito bem. – Voltou a responder, tentando disfarçar o vicio das gírias.

- Não mudar o seu jeito de falar por minha causa Artur. – Disse Fausto quando o garoto parou a frente dele, levando a mão até os cabelos castanhos do garoto e bagunçando-os. – Ao menos não na minha frente. Mas tome cuidado aos terceiros...

- É vicio padrinho...- Artur sorria e olhava Fausto – A forma que os cultos conversam são diferentes de nós!

Fausto deixou uma risada fugir de seus lábios e fitou seu afilhado com um sorriso sincero e carinhoso. Artur era um garoto inteligente e observador. Isso vai faze-lo se transformar em um grande homem.

- Nos, os cultos? Hhahaha essa é boa Artur...- Continuou o homem esguio enquanto abria a porta do carro e observava o garoto ir para a outra porta.

- Só nunca se esqueça de uma coisa! – Dissera o padrinho enquanto sentava na poltrona do carro e fechava a porta esquerda, enquanto o garoto fechava a outra porta. – As palavras, gírias e formas de expressões são iguais a roupas.

- iguais a roupas?  - Perguntou Artur sem entender.

- Exatamente. Semana passada você estava vestido como?

- Bermuda e camisa regata.. – Respondeu o garoto um pouco que perdido.

- Exatamente. Hoje você está de jeans e uma blusa social preta. Por quê? Por que está indo para uma festa. Semana passada você foi a praia..

- Cada lugar tem um lugar diferente para se vestir. Verdade..- Murmurou Artur, colocando o cinto de segurança e refletindo as palavras do Padrinho.

- A forma de você se expressar, as palavras. São iguais, em cada lugar irá usar um vocabulário diferente.

- Verdade padrinho... Verdade..Interessante isso, juro que não vou me esquecer!

~~

Quando chegaram ao local Artur ficou nervoso. A festa acontecia em um lugar perto de sua casa, mas pouco nunca frequentado por ele. O lugar mais conhecido como ‘’CANTÃO’’ no Morro da Nova Cintra era um bairro nobre. Dezenas de mansões ficavam naquele lugar e sempre haviam festas caras naquelas casas. Naquela tarde de sábado não seria diferente.  Fausto parou o carro atrás de outros três que esperavam na fila para adentrar no  estacionamento da mansão e enquanto isso ele pôde vislumbrar as dezenas de pessoas diferentes que estavam naquele lugar. Contudo todas muito bem vestidas, mulhere, homens, adolescentes. Muitas pessoas diferentes mas todas do mesmo nível social, menos ele mesmo. Artur se lembrou de sua mãe e entendeu por que ela recusou o convite.

- Não é lugar para mim...Nem para você Artur, mas ainda é novo, vai saber se adaptar. É até bom para você entender do que se faz a vida..

Quando sua mãe lhe falou aquilo, Artur se perdeu, não imaginava por que ela dissera tais palavras, mas vislumbrando aquelas pessoas um raciocínio logico deu a ele a resposta.

Essas pessoas são diferentes, elas se vestem bem e tem carros caros..Elas precisam de dinheiro, muito dinheiro para comprar isso...

Dinheiro? Seria de dinheiro que era feito a vida? Talvez, mas sabia que a mãe não pensava desse jeito. Com certeza não, pensou um pouco mais e lembrou de quando ela brigava com ele toda vez que ele não queria estudar.

- Você quer ter dinheiro? Quer tudo de bom e melhor? Então precisa estudar menino, precisa de conhecimento!

Conhecimento. Era aquela a resposta. Seu padrinho era um psicólogo, para isso ele teve que estudar a mente humana e agora ele tinha dinheiro e influencia..
Conhecimento...É isso que eu preciso então?

- Vamos Artur! – Seu padrinho o cutucou já com o carro desligado e com a porta aberta. Artur despertou de seu devaneio e saiu do carro.

Olhou em volta e se surpreendeu com a imensidade daquele pátio. Deveria ter uns 100 metros quadrados e vislumbrou a piscina. A tarde estava quente e agradável e imaginou como seria bom entrar na piscina.

- Fausto? – Chamou Artur.

- Pode falar!

- E a piscina? Ninguém vai entrar nela? – Perguntou o garoto desanimado, percebendo que a mesma estava vazia.

- Essas pessoas são diferentes....Não ligam para essas coisas.. Mas se você quiser entrar!

- Não.. não.. tudo bem! – Respondeu Artur desiludido. Decepção e desperdício.. Pensou enquanto olhava dezenas de pessoas indo e vindo. Viu muitas mulheres elegantes e sedutoras. Decepcionante e surpreendente... Deus, estou no paraíso?

Na maior parte do tempo acompanhou seu Padrinho. Não conhecia nenhuma outra pessoa e não teria o que fazer, então para onde Fausto ia, Artur estava atrás. Até que um amigo do seu padrinho salvou o homem daquela sombra.

- Artur, essa é minha filha, Alessa! – Disse Rodolfo, um senhor um tanto que gordo e calvo. Os olhos de Artur congelaram quando fitou a garota. Deveria ter Um metro e sessenta, magra, pele pálida, longos cabelos negros e olhos azuis.

-Um anjo no inferno...- Disse o garoto. Mas não percebeu que suas palavras foram mais que um sussurro, deixando que todos escutassem. A garota deixou um tênue sorriso transparecer e Rodolfo e Fausto riram.

- Temos um futuro poeta aqui Fausto? – Brincou Rodolfo e Artur ficou vermelho e sem jeito. Percebendo que tinha deixando seu pensamento fugir como palavras.

- Ele pegando amor pela leitura ultimamente..Deve ser a influência de A Divina Comédia..

-Dante Alighieri..- Murmurou Alessa, adentrando na conversa. – Que surpresa.

Artur ficou sem jeito, perdido. Nunca tinha conhecido uma garota tão bela como aquela. Seu rosto era fino, proporcional ao seu corpo esbelto e seus lábios tão vermelhos que pareciam seduzi-lo. O garoto não respondeu, estava hipnotizado.

- Vamos Artur. O gato mordeu sua língua? Não vive reclamando que só conhece garotas burras? Eis uma companhia interessante para você!

- É..É Padrinho...- Sussurrou o garoto ainda sem jeito. Muita areia para meu caminhãozinho.. Muita areia...

- Minha filha vai completar 18 anos mês que vem. Façam uma amizade e estará convidado para o aniversário dela Artur. – Rodolfo quem falou agora e chamou seu amigo para deixarem eles a sós.
Artur passou a festa inteira ao lado de Alessa. A garota tinha uma expressão séria e quase não ria. Toda vez que conseguia faze-la rir tinha vontade de pular e comemorar. Conversaram sobre diversos assuntos e principalmente sobre livros e filmes que era a maior paixão de dos dois.

- Alessa.. Posso dividir uma coisa com você? – Artur não sentiu vontade de conversar sobre o assunto da semana passada com seu amigo nem com sua mãe. Mas mesmo assim tinha uma necessidade de conversar com alguém sobre o assunto e por algum motivo, sentiu-se a vontade para conversar com a garota.

Alessa trajava um vestido escuro que ressaltava ainda mais sua pele e seus olhos azuis. Ambos estavam em pé em frente a piscina. Naquele momento a garota estava olhando a lua mas quando Artur disse aquilo passou a fita-lo com uma expressão confusa.

Dividir algo comigo? Que moleque estranho... Ela pensou, mas aquiesceu com o rosto, tentando não demonstrar o que pensava.

- Semana passada eu tive um sonho estranho....- Começou ele, olhando para a piscina e fitando o reflexo da lua. Não gostava de conversar sobre esses assuntos. Parecia um louco sonhador..

- Você é daqueles que se apega aos seus sonhos? – Perguntou a garota um pouco relaxada. Achei que ele ia falar que era gay...

- Não falo muito sobre isso mas sim....

- Que tipo de sonho?

Artur narrou todo o sonho para a garota e quanto mais ela falava, mais ela sorria e mais parecia estar interessada no assunto.

- Sonhou com uma coruja.... Sabe o significado de coruja?

- Não..- Confirmou ele, fitando os olhos azuis da menina..

- A coruja significa sabedoria. É um animal que é capaz de ver a noite, caçar suas presas enquanto elas mal conseguem enxergar. E graças a essa habilidade é um símbolo de uma Sociedade Secreta.

Artur ficou ainda mais apaixonado por aquela menina. Se antes sua beleza e conhecimento por livros fizera seu coração bater mais forte. Agora tinha certeza, iria amar aquela menina.

- Sociedade secreta? Que tipo de sociedade?

- A francoMaçonaria! – Respondeu a menina veemente e olhando nos castanhos de Artur.. – Coincidência não? Você sonhar com essa coruja, com um cavaleiro e no mesmo dia conhecer um pouco sobre a Ordem Demolay.

Artur não tinha falado sobre os detalhes que seu padrinho havia lhe dado, então como ela sabia o nome da Ordem?

- Como você sabe disso? – Perguntou e se lembrou da mesma pergunta que fez ao seu padrinho... Ela era dois anos mais velha que ele então não aceitaria a mesma resposta que o velha lhe dará.


- Olhe em volta..- A garota virou, vislumbrando as dezenas de pessoas que iam a viam. – A maioria delas são Maçons, assim como meu pai e seu padrinho!


terça-feira, 9 de julho de 2013

Espólio Sangrento ( Draculea )

Bem, não sei como começa então vai desse jeito! Eu como milhares em todo mundo sou um louco, fanático, admirador e apaixonado pela história ( Ficção ou não rs ) De Drácula, pouco conhecido por Vlad Tepes III Draculea. A tempos quis fazer uma fanfic sobre este, contudo faltava coragem. Agora a coragem chegou e espero que possa agradar a você, fã dessa história FODASTICA e eterna. Sempre quis saber sobre a infância do Conde Vlad Tepes mais detalhada. Não sei se já existe algum tipo de livro do gênero, mas estou moldando de certa forma minha própria historia. Nesta ficção tenho como inspiração a própria historia verdadeira do Príncipe Vlad, o empalador, junto com referências do livro ''Drácula de Bram Stoker'' e do anime ''Hellsing''. Mas devo ressaltar que não espere uma coerência com tais historias, é impossível ser fiel as três ao mesmo tempo. Bem, espero que gostem e por favor, comentem; Criticas construtivas, opiniões o que vocês quiserem! Bem se me chingaram paciência, ninguém mandou eu ser tão ousado e querer fazer uma história desse porte. Mas quem não é ousado, não conhece seus limites!


Espólio Sangrento
Draculea )

1444 – Terras turcas

- Aqui está à prova da minha lealdade, Mehmed II. – A voz daquele homem era rouca e baixa, contudo não demonstrava arrependimento nem parecia hesitar.               
            A frente do homem alto de longos cabelos escuros havia duas crianças. A mais velha parecia ter seus 13 anos; Pele alva, cabelos escuros e nariz fino e pontudo. Diferente do mais novo que estava chorando ele mantinha uma expressão fria, contida. Com certeza queria gritar, implorar para que aquilo não acontecesse, mas desde novo, seu orgulho já era grande.
- Como eu esperava! – Disse o Sultão á frente do homem observando as duas crianças. O mais novo segurava a mão do outro, choramingando. Este tinha cabelos negros iguais ao outro, contudo eram curtos enquanto a do mais velho chegava aos ombros. – O pequeno Radu e Vlad Tepes III, seus dois filhos mais novos. Sendo assim, considere Valáquia sua. Mas lembre-se Vlad Tepes Dracul, qualquer deslize e seus filhos serão mortos! – O gordo Sultão estendeu a mão para as duas crianças, fitando Vlad Tepes II, esperando que ele entregasse seus filhos. Atrás de Mehmed II havia mais de duzentos soldados Turcos, fazendo a escolta do seu soberano. Tepes II deu um empurrão nas costas do seu filho mais velho, incentivando-o a prosseguir. Viu que seu filho hesitou então murmurou.

- Vá meu filho! Pense em sua mãe, em Marcea seu irmão mais velho.
O pequeno Tepes olhou para trás, encarando-o friamente. Um olhar tão frio que fez seu pai sentir uma espécie de frio percorrer sua espinha. Os olhos negros agora passaram a rodear por todos os lados e tudo que via era mata fechada.

- Nem pense nisso pequeno Vlad! Acredito que não quer uma flecha enterrada no pescoço do seu irmão, quer? – A voz sinistra do Sultão acordou o garoto de seu devaneio, fazendo-o voltar para a realidade. Queria escapar, como queria isso, mesmo que custasse a vida de seu irmão, não se importava muito. Mas qual seria a certeza que conseguiria ir muito longe? Não adiantaria nada se morresse também. Terei oportunidades, sim, esperarei e irei conseguir. Pensou o garoto enquanto começou a caminhar pela estrada de terra em direção dos Turcos, sem olhar para trás, sem qualquer tipo de despedida de seu pai, puxando consigo seu irmão mais novo que não parava de chorar. Caminhou paulatinamente enquanto encarava com olhos furiosos o Sultão, olhos tão negros quanto aquela noite sem lua. A noite taciturna era gélida, contudo agradável. A brisa tênue batia em seu rosto, fazendo seus cabelos dançarem conforme o vento. As crianças passaram por Mehmed e hesitaram quando vislumbraram uma espécie de carroça real. A mesma era banhada de ouro nas laterais e seu cavaleiro junto com o cavalo trajavam armaduras de prata. Um dos soldados correu em direção da porta, abrindo-a para as crianças reféns.  Vlad continuou caminhando, subindo os degraus da carruagem. Naquele momento um uivo ecoou por toda a floresta, matando os mais medrosos de susto e deixando os mais corajosos em alerta. Vlad Tepes III olhou para trás em direção da mata, não sabia a língua dos lobos mais entendeu aquele uivo, aquele timbre de dor e solidão. Naquele momento, em toda sua curta vida encontrou alguém que realmente pudesse entendê-lo, talvez, a primeira criatura com quem realmente queria estar por perto.

- Vamos pequeno Vlad, não temos a noite toda! – Sussurrou o Sultão empurrando ambas as crianças para dentro do veiculo. Vlad entrou sem hesitar, pensando como seria agradável a companhia daquela criatura da noite!